Era setembro de 2017. O futebol digital vivia um momento decisivo. De um lado, a franquia FIFA se consolidava como líder de mercado, embalando jogadores com seu ritmo veloz, licenças completas e um marketing agressivo. Do outro, estava a Konami, com sua série Pro Evolution Soccer, tentando encontrar novamente o caminho da glória. E foi nesse cenário, quase como um grito de resistência, que surgiu PES 2018, um dos títulos mais memoráveis da era moderna da franquia.
Para muitos, PES 2018 foi o último grande PES antes da transformação definitiva para o que viria a ser o eFootball. Foi uma tentativa clara — e ousada — de provar que ainda existia espaço para o futebol mais técnico, mais tático e mais autêntico. Uma experiência que não tentava apenas copiar o realismo, mas também entregar emoção, desafio e controle total em campo.
Uma promessa gravada na capa
Logo no anúncio oficial, a Konami já deixava claro seu objetivo: “Where Legends Are Made”. Aquilo não era apenas um slogan. Era uma declaração de intenções. O PES 2018 se apresentava como o jogo em que lendas seriam forjadas — não só as do futebol real, mas também as dos próprios jogadores. A mensagem ativava o gatilho da aspiração: você não era apenas um espectador, era parte da construção da história.
A capa, estampada com astros do Barcelona, não era apenas bonita — era simbólica. A Konami havia fechado uma parceria com o clube catalão, garantindo exclusividade do Camp Nou, uniformes detalhados e faces realistas de jogadores como Messi, Suárez, Piqué e Iniesta. Era um claro aceno de que, mesmo com limitações de licenciamento, o PES ainda tinha cartas valiosas na manga.
A jogabilidade que falava mais alto
Mas onde PES 2018 realmente tentava vencer era dentro de campo. E aqui, ele brilhava.
A jogabilidade foi completamente refinada. O motor gráfico Fox Engine, usado desde PES 2014, finalmente parecia ter atingido sua maturidade. O ritmo de jogo estava mais cadenciado, mais técnico. Não bastava correr em linha reta com um atacante rápido — era preciso pensar, triangular, construir. O toque de bola ficou mais realista, a física mais convincente. O controle total da bola era um diferencial, permitindo passes manuais, dribles precisos e finalizações variadas.
Essa abordagem ativava o gatilho da autoridade. PES 2018 queria mostrar que entendia de futebol de verdade. Que era feito para quem ama o jogo em sua essência.
Jogadores reativos, goleiros com inteligência artificial melhorada, marcação que exigia timing. Nada de apertar um botão e ver o jogador resolver tudo sozinho. Aqui, cada jogada era conquistada com esforço. Um sistema de estratégias dinâmicas, que podiam ser ajustadas rapidamente durante o jogo, permitia variações táticas que realmente influenciavam o comportamento da equipe.
Um show para os olhos
O aspecto visual também foi um salto em relação às versões anteriores. Os gráficos de PES 2018 encantavam pela expressividade dos rostos, movimentação corporal refinada, e efeitos de iluminação realistas.
A atmosfera dos estádios finalmente parecia viva. A torcida reagia com mais naturalidade, os ambientes tinham profundidade, e os replays cinematográficos ajudavam a mergulhar o jogador na partida. Tudo isso ativava o gatilho da imersão, transportando o fã para dentro das quatro linhas.
A modelagem facial de jogadores como Neymar, Griezmann, Cavani e Cristiano Ronaldo chamava atenção até dos mais céticos. E mesmo em times menos badalados, a Konami buscava entregar fidelidade, seja no tom da pele, no corte de cabelo ou no jeito de correr.
Modos de jogo que mantinham a paixão viva
Entre os modos mais celebrados de PES 2018 estava o clássico Master League, que retornava com melhorias significativas. Contratações mais realistas, sistema de pré-temporada, metas impostas pela diretoria, e até cutscenes com entrevistas davam mais profundidade à experiência.
O modo Rumo ao Estrelato (ou Become a Legend) também seguia firme, oferecendo ao jogador a chance de controlar apenas um atleta, desenvolvendo-o ao longo da carreira. O desafio aqui era ainda maior: posicionamento, decisões táticas e aproveitamento das poucas chances eram essenciais para se destacar.
Mas a grande novidade era o modo cooperativo online 3v3. Pela primeira vez, PES trazia uma proposta em que três jogadores, em tempo real, controlavam diferentes partes do time, em confrontos equilibrados e com foco na colaboração. Isso ativava o gatilho do pertencimento, já que o jogador se sentia parte de um coletivo — e não apenas um protagonista solitário.
MyClub e os lendários
O myClub, modo equivalente ao Ultimate Team da franquia FIFA, foi reforçado em PES 2018. Contratações mais estratégicas, sistema de olheiros mais funcional e eventos semanais ajudavam a manter o modo ativo e recompensador.
Um dos grandes acertos foi a inclusão de jogadores lendários, como Maradona, Beckham, Ronaldinho, Romário e Maldini. Esses ídolos podiam ser contratados por meio de eventos especiais ou sorteios, e causavam euforia nas redes sociais, fóruns e vídeos de pack opening.
Essa adição ativava o gatilho da nostalgia — especialmente para jogadores mais antigos, que cresceram assistindo ou jogando com esses ícones do futebol mundial.
Licenciamento: o eterno dilema
Se havia um ponto onde PES 2018 ainda perdia feio para o FIFA, era nas licenças de clubes e ligas. Embora a Konami tivesse melhorado nesse aspecto ao longo dos anos, ainda havia ausências notáveis.
A Premier League, por exemplo, não estava licenciada oficialmente, e a Bundesliga sequer aparecia, com exceção do Borussia Dortmund (licenciado na época). Contudo, a Konami contornava isso com parcerias exclusivas com clubes como:
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Barcelona
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Liverpool
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Borussia Dortmund
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Internazionale
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Milan
Além disso, PES 2018 ainda contava com a licença completa da UEFA Champions League e UEFA Europa League — algo que seria perdido na versão seguinte. Essa exclusividade permitia ao jogo apresentar a competição com todos os detalhes: hinos oficiais, placas publicitárias reais e identidade visual idêntica à transmissão da TV. Um diferencial que ativava o gatilho da exclusividade.
Trilha sonora e interface
PES 2018 também acertou na ambientação fora de campo. O menu principal foi redesenhado, com uma interface mais moderna e rápida. E a trilha sonora? Um verdadeiro mix de pop, rock e eletrônico, com nomes como:
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Linkin Park
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Bruno Mars
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Coldplay
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John Legend
Era uma seleção de faixas que mantinha o clima empolgante mesmo nos menus. Pequenos detalhes, mas que ajudavam a manter o jogador engajado — um uso sutil do gatilho sensorial.
Recepção da crítica e dos fãs
A recepção de PES 2018 foi, em geral, positiva, com destaque para a jogabilidade e os gráficos:
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Metacritic (PS4): 83
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IGN: 9.0/10
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GameSpot: 8.0/10
Os elogios recaíram sobre o equilíbrio entre realismo e diversão, a fidelidade na movimentação dos jogadores e o fator replay dos modos como Master League e myClub. Críticas ainda apareciam, especialmente em relação à falta de licenças completas, menus um pouco datados e o matchmaking online.
Mesmo assim, muitos consideram PES 2018 como o último grande jogo da era clássica da franquia, antes das polêmicas decisões que levariam à reformulação como eFootball em 2021.
O impacto e o legado
Hoje, PES 2018 é lembrado com carinho por boa parte da comunidade. Ainda há mods ativos para PC, que atualizam elencos, uniformes e até mesmo melhoram gráficos. A comunidade fiel da franquia, que por tantos anos ajudou a manter o jogo vivo com patches e conteúdos personalizados, ainda vê PES 2018 como um dos últimos respiros da essência original do futebol digital da Konami.
Para quem viveu aquela época, cada partida de PES 2018 é uma volta no tempo. Uma lembrança de quando o futebol virtual era mais sobre sensação e controle do que apenas licenças e números.
Talvez ele não tenha vencido a batalha comercial contra FIFA. Mas venceu onde mais importava: no coração de seus jogadores.
REVIVA O PES 2018 NO VÍDEO ABAIXO:
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